quarta-feira, 15 de setembro de 2010



Arame farpado, cactos, porco espinho.

Você simplesmente não consegue chegar perto, não consegue segurar, abraçar.
Assim tenho me considerado ultimamente, está difícil se aproximar.
Um pouco porque as últimas vezes que coloquei os espinhos para dentro, fatos ocorreram comigo por pura falta de proteção.
Um pouco porque agora não me sinto em um momento bom para pessoas novas chegarem perto de mim, pelo simples fato que, não sou eu mesma completa e inteira, ainda estou em pedaços.
Pedaços do que fui um dia.
Me arrisquei de mais e me coloquei em uma situação na qual me fez pensar muito e acima de tudo me conhecer.
Eu nunca fui de me arriscar muito, sempre soube meus limites até o dia que me arrisquei e pirei.
Pirei porque não pude suportar o peso da decepção e da cobrança própria.
Sei que o que fiz não foi nada de mais, não matei ninguém, não causei danos irreversíveis.
Mas magoei, e só de imaginar uma lágrima caindo do rosto de qualquer pessoa, mesmo não tendo culpa direta me pira mais e mais todos os dias.
Me sinto melhor, me perdoei 80%, mas dói, ainda dói ainda mais por saber que não valeu a pena.
Vai passar, é um processo longo e árduo mas que as barreiras estão sendo destruídas e cada dia mais, será mais fácil olhar para trás sem medo de que o monstro me assombre novamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário