quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Pra que me gastar?

Eu fico em casa, prefiro, parece que a rua me gasta, as pessoas me gastam, os papos me enlouquecem ainda mais, e a loucura que quero e necessito ter é só a minha e de mais ninguém.
Antes de sair penso, “devo me jogar e me arriscar neste vazio de pessoas vazias nessa guerra a procura de um final diferente, ou devo continuar em casa, em baixo do meu edredom com meus livros, filmes e gatos para em vez de esvair, agregar???”
Ao final, a não ser que seja por alguém definitivamente especial, opto pelo edredom e em seguida penso: Ele também deve estar com seu edredom, e sendo assim, todas as pessoas interessantes (para mim ao menos) fariam essa mesma escolha, tornando cada vez mais difícil ter pessoas interessantes andando por ai!
É como eu digo a metade é muito pouco para mim, quero a laranja toda!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

“Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada ‘impulso vital’. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como ‘estou contente outra vez’. Ou simplesmente ‘continuo’, porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como ‘sempre’ ou ‘nunca’. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim – nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como ‘não resistirei’ por outras mais mansas, como ‘sei que vai passar’. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.
Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente – e não importa – essa coisa que chamarás com cuidado, de ‘uma ausência’. E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.
Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás – aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.
Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.
Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis…”
- Caio Fernando Abreu
"Percebo que expectativas fazem a gente se frustrar. Eu queria não esperar nada, não planejar coisa alguma, não nutrir aquele sentimento de espera. Quem tem expectativa espera algo de alguém. E, frequentemente, a gente se decepciona e tem que enfiar a mágoa no lixo da cozinha, amarrar bem e colocar na frente de casa, para o lixeiro levar embora. Mas nem sempre o cheiro a lixo sai de dentro da gente. Fica estragado, feito coisa vencida. Expectativa é isso: alguma coisa que venceu por não ter sido usada. E a gente nada mais tem a fazer, a não ser acender um incenso, comprar um aromatizador de ambiente ou Bom Ar, para tentar amenizar aquele odor que dá náusea."

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

AMIGOS!


Desculpem-me todos pelas declarações que vem a seguir, mas elas são verdadeiras....
Eu amo muito vocês e se tem algo que dou valor é para os meus amigos.
Agora tenho alguns tópicos que acredito serem importantes sobre isso, sobre o que penso e sinto em relação a vocês:
- Eu não tenho mais 15 anos.
- Eu não tenho ciúmes de você.
- Você é responsável por suas escolhas.
- Se todos os seus amigos se afastarem de você provavelmente não é culpa deles e sim sua, você deve estar se afastando, mais é sempre mais fácil culpar os outros.
- Eu tenho sentimentos.
- Se você tiver uma diarréia verbal, você uma hora ou outra terá que arcar com as conseqüência, pois como diz o primeiro item, eu não tenho 15 anos.
- Eu faço uma pá de merda, mesmo, não espere mais de mim do que qualquer pessoa comum pode te dar.
- Se você me ligar as 2:30AM eu vou ate sua casa.
- Sim eu espero ser escutada também.
- Eu sou sincera, se você quer um amigo que vai concordar com tudo que você fala, eu não sou indicada.
- Eu sou realmente muito leal. MUITO.
- A noção do certo e errado esta dentro de cada um.
- Não me julgue, eu não vou te julgar.
- Eu não tenho que acreditar no que você acredita.
- Não tenho que estar sempre colado em você.
- Não sinto o que você sente.
- Não entendo as suas crises mais prometo que vou tentar te ajudar.
- Se você está comigo e tiver alguem contra você, estará automaticamente contra mim também.
- Eu não tenho boa memória, pergunto 15 x a mesma coisa, não que eu não me importe, tire isso pelo lado positivo, se você me contar um segredo eu também não espalharei, pelo simples fato que nem mesmo me lembrarei dele.
- Te respeito.
- Eu gosto de estar perto de todos vocês, e se as vezes eu não estou .... desculpe
- Eu sinto falta de vocês por perto (não sempre).
- E eu gostaria que nos meus 30 anos vocês estivessem bem perto de mim, pra me dar aquele apoio moral. #dicadodia

Bjos e fica bem, meu CARO amigo

Mentira - Brincadeira - Amor - Verdade






Eu entendo, agora eu entendo tudo! Porque eu não fiquei na ignorância burra do "amor", brincadeira e da mentira?
Sim, eu sabia que as coisas não eram perfeitas, contos de fadas não costumam acontecer freqüentemente em minha vida. Sou mais ligada aos anões, dragões, maças e alfinetes do que aos príncipes.
Pois é, mais também não precisava vir com uma voadora dupla no peito. A verdade dói uma vez só. mais dói pra caralho. eu prefiro assim.
Era uma brincadeira deliciosa, uma pimentinha, éramos um para o outro. Nos amávamos e nos feriamos com a mesma facilidade mais era verdade a brincadeira era de verdade, estávamos ali, de corpo alma e pensamentos, aproveitando daquela brincadeira tão deliciosa quanto perigosa.
Eu por alguns minutos me envolvi em mim mesma, em meus pensamentos e minhas crenças. Não queria avaliar, apenas sentir me entregar a um sentimento não cultivado. Eu era um cactos em flor.
Eu, mesmo com todas as situações adversas sobrevivia e acreditava em um sentimento porque as vezes eu JURO que pingava um pouco de água em mim. (devia ser cuspe)
O problema de saber a verdade em si, não é saber. Porque normalmente você já sabia. O problema é você pensar porque isso te magoou tanto sendo que você já sabia o que acontecia, sabia dos seus sentimentos e de quantos adornos você colocava nele, porque ele por si nunca foi bonito o suficiente.
Porque na hora que você entende o que está sentindo, racionaliza de alguma forma todo aquele monte de fumaça que estava dentro da sua mente você vê a ferida, e porque a ferida dói muito mais quando vemos que ela existe?
Quando você corta o dedo, dói, ai você fala um palavrão e pensa: Nossa doeu!
Ai você solta o dedo e vê que está aberto o corte e que sangra. Pronto. AGORA SIM TÁ DOENDO MUITO.
É mais ou menos como me sinto. Antes havia uma nuvem em meus olhos quando me cortei, eu apertei forte o corte, e ate xinguei mais estava tudo sob controle, até o momento que eu olhei pra ele e vi que ainda estava aberto, e que agora, como se fosse por força do meu pensamento ele sangrava.
Eu não deveria ter olhado, como a maioria das pessoas fazem e vivem bem... Passou...
Agora terei que ficar olhando para ele e cuidando dele ate fechar.
Costumo afogar os machucados. Mas prometo, este será diferente, não afogarei e não terei cicatrizes. A verdade sempre foi clara e não vale a pena ter marcas, não dessa vez.
E você mesmo sendo uma grande mentira sempre terá um bom lugar. Acho que pelo menos desta vez, eu gostei de me enganar.