quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O lado espetacular da violência

Nos dias de hoje onde a violência é justificada pelo narcisismo, pela individualidade e egoísmo excessivo. O que se procura com toda essa violência?
Por um lado, a violência se justifica porque alguns seguem ordens, porque este e o seu trabalho. Por outro lado, outros seguem ideologias.
E qual a diferença do menino preso ao poste e a casa incendiada de uma torcedora? Na cabeça dos adaptados, toda. Já que a menina “não fez nada demais” e virou vítima em uma situação onde é a agressora. A sociedade tem essa capacidade de tornar herói bandido e bandido em herói, sem sabermos quem é quem em sua definição.
Mas já paramos em algum momento para pensar que a sociedade está em eterna mudança e aquele que fica estagnado em um ponto de raciocínio se torna doente?
A vida não aceita reversibilidade, ninguém volta ao seu estado anterior. Pode haver arrependimento, mas ele e só. 
Uma sociedade saudável é aquela que aceita a diversidade e que domina as situações perigosas.
Seguindo ordem ou ideologia, sem julgamentos de certo e errado, estão seres humanos buscando sua humanidade. Aquele estado que para ser alcançado deve derivar do desiquilíbrio completo para que o homem reconheça profundamente a própria alma.
E ao final, aquele que não existe, espero que ainda tenha muita diversidade, muita polaridade, muito o que perder, muita anomalia produtiva já que acho que muitos de nós já percebemos que o normal é banal, já que só aquele que se perde por completo em suas próprias idéias e ideais se torna qualitativamente melhor. 
Estamos em estado de mudança. Então não só os móveis devem se mover, mas os imóveis também e mesmo não fazendo sentido, já que quem faz sentido é soldado, e soldado também pode ser violento e ai voltamos para o início do texto, reflete muito da minha posição política pessoal.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014



A austeridade...
Toda diferença de pensamento é sempre uma ameaça em que o culpado é sempre o outro com suas opiniões contrárias.
O problema está no abandono dos instrumentos comunicacionais. A partir do momento em que há divergência de ideias as pessoas se tornam inimigas, agressivas e violentas.
A intersubjetividade onde o sujeito sou apenas eu e os outros apenas objeto, sendo que, o objeto só se torna sujeito a partir do momento em que nos relacionamos com o mesmo, que exista o conhecimento do mesmo, mas como pode ocorrer o conhecimento do outro se a violência da diferença vem antes do conhecimento?
Desta forma vemos que a ética não mais existe e as leis vem para garantir a mesma já que as relações interpessoais estão cada vez mais bárbaras, e como existir uma ética comum se as culturas são tão diferentes?

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

OS AMORES SOCIALMENTE IMPOSTOS

Desde pequena me senti diferente, mas, diferente no sentido ruim da coisa, sendo que, quando se é pequena e jovem tudo que você não quer ser é diferente. 
No inicio foi uma coisa que tentei lutar contra, mas com o passar dos anos e com o amadurecimento e o nada a provar para ninguém, aos poucos fui assumindo a minha falta de amor. 
As pessoas sempre se assustam ou acham que é piada quando alguém diz não gostar de ter contato com a natureza. 
Sempre me perguntei por que ficar 30 dias em um mesmo lugar, fazendo a mesma coisa, que no meu caso ainda piora por ter a pele cor de rosa e sardenta, tentando ser algo que não sou e nunca serei (bronzeada) para chegar no escritório, faculdade ou em uma roda de amigos e mostrar o tanto que se aproveitou as férias, já que há muito tempo descobri que as pessoas medem o seu aproveitamento a partir da quantidade de melanina que seu corpo produziu para fazer aquela mágica marca de biquini tão desejada. 
E irmãos, mães, avós, cachorros dos parentes ou crianças dos mesmos, porque DEVEMOS amá-los. 
Poxa, eu sempre achei que amor é um sentimento otário, aquele que vai muito além do que você gostaria que fosse descontrolado e desgovernado, muitas vezes indo pra lados não previstos e em uma velocidade muito além do que é permitido, mas, alguns amores são amadurecidos, apurados e muitas vezes quando tiramos esse amor da devida conserva, o gosto muitas vezes não é o esperado. 
Muito pior do que não gostar da natureza é não ter ou manter vinculo algum com alguém do seu núcleo familiar. 
É sua obrigação gostar dos seus ascendentes e descendentes ou colaterais, mesmo que os mesmos sejam facilmente substituídos por algum amigo, daqueles do “tamojunto”. 
Mas, calma-lá, obrigatoriedade e amor são palavras tão distintas que jamais deveriam caminhar juntas, mas caminham e junto a essa caminhada vem a culpa, a culpa por não fazer o que é socialmente aceitável, ou melhor, exigido. 
Então por ter a obrigação de amar certas pessoas tenho que passar por cima de mim e me sentir culpada todas as vezes que penso: eu não gostaria que você morresse só queria que desaparecesse. 
Pois é, e por admitir minhas esquisitices eu estou aqui para dizer que não importa quem você ama se é seu amigo ou sua mãe ou se é seu amigo e sua mãe, o amor é seu e só terá um pouco dele quem se fizer merecedor. 
 E mais, declaro para os devidos fins que sou uma pessoa que sofre de falta de amor socialmente imposto, mas admito que as vezes a saudade dá o tempero.