quarta-feira, 28 de abril de 2010

Dor minha dor sua....

Ele a machuca e eu o que posso fazer?
Ela chora em meus ombros e eu o que posso fazer?
Ela diz que desta vez vai ser forte e eu o que posso fazer?
Ela diz que gosta dele por de mais e eu o que posso fazer?
Ela diz que ele não faz por mal e eu o que posso fazer?
Que ela que provoca e eu o que posso fazer?
Que a culpa é dela, e eu o que posso fazer?
Que ele leva café na cama e eu o que posso fazer?
Que não trai e eu o que posso fazer?
Que a ama e eu o que posso fazer?
Ela diz que vai voltar e eu o que posso fazer?
Diz que ele ira mudar e eu o que posso fazer?
Que não vai mais machucá-la e eu o que posso fazer?
Ela volta a casa dele e eu o que posso fazer?
Volta ao sofrimento e as restrições e eu o que posso fazer?
Volta ao amor que ela tanto diz e eu o que posso fazer além de lamentar?
Por que ao machucá-la ele me machuca também.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Sexo... Amor... Sexo com Amor!

Realmente acho que o casamento é uma instituição falida.
Acredito realmente que um homem mereça ser abandonado logo após o gozo, sem explicações e nem telefonemas.
Fico feliz quando me relatam histórias de homens chorando e sofrendo por mulheres que tomaram o controle de suas próprias vidas.

Mas o quanto tudo isso é só vingança e poder, muitas vezes em cima de pessoas que não tem muito a ver com o que passamos, mas sofrem as conseqüências do que vivemos.
Na verdade acho que o que qualquer mulher precisa é de amor..

O frio na barriga dos primeiros encontros, e de todos os outros.
A cabeça que encosta no ombro quase sem querer no banco de trás de um carro.
O beijo quase sem intenção.
O cara que manda uma msg quando se está falando com o chefe em reunião.
O sexo. Muito sexo.
O cafuné de madrugada e o barulho de sua respiração.
O beijo na mesa do bar.
O cara que tem coragem se aproximar mesmo não sabendo nada de você.
A corridinha para o elevador só pra roubar um beijo rápido e inusitado.
O cara que te acorda de manhã com um beijo de bafo.
O que queremos é sentir a emoção fluir, saindo pelos poros.
Se ele não tem muita coisa em comum com você... Aprende. Você não aprende?
Musicas são pra serem escutadas... Livros lidos e experiências trocadas.

Será que estou sendo muito contraditória?

A invisibilidade moderna.



Sempre, desde pequena, quis ter o poder de ficar invisível.
Após algum tempo acreditei que uns óculos fariam isso por mim.
Já era grande e isso parecia absurdo para as pessoas.
Elas achavam graça e falavam que eu era piadista.
Aqueles óculos sempre me faziam sentir, junto com a escuridão que ele me proporcionava, um borro, uma sombra.
Hoje em dia, alguns poderes de super heróis que queríamos tanto ter, temos, mesmo que seja de uma forma limitada.
Saber onde a pessoa está sem ela te notar, é uma das coisas que a modernidade nos proporcionou.
Ficar invisível ao mundo dela, mesmo ela sendo muito visível para o seu.
Saber o que o outro está sentindo ou pensando através de uma mini frase escrita em algum lugar que podemos ver sem sermos notados.
Acompanhar a vida dos outros, dia a dia, todas as novidades através de um só toque.
Acho maravilhosa a modernidade e o quão vulnerável a isso as pessoas se tornam.
Me incluo nisso, que muitas vezes rastreei a vida do alheio por querer saber mais do mesmo.
O problema é que eu escrevo a realidade de uma forma clara, mas nem sempre real.
Então por que ainda acreditamos nesta farsa???
Então... VIVA a modernidade que faz de nós pessoas cada vez mais neuróticas.
Querendo acompanhar a vida dos quais não fomos convidados.
Acreditando que qualquer sinal de afeto é pra nós. Ou qualquer sinal de desdém é motivo pra lágrimas.
Por não mais podermos olhar nos olhos e perguntar, pois, já tiramos conclusões de mais de forma virtual.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Derrete!


Derretendo, acho que é essa palavra que define.Derretendo e sentindo que está tudo se esvaindo.
Tentando recuperar o perdido.
Tudo que houve foi bom, mas vale a pena?
Adotar uma criança grande com um monte de criançinhas agarradas a barra de sua bermuda talvez não seja a atitude mais sábia.

Uma menina um certo dia, após muito tempo pensando decide dar uma chance a si mesma e arriscar.
Ela faz com que tudo ocorra da forma como ela planejou, visto que de alguma forma, para ela, é fácil manipular alguns tipos de situações e mais ainda, alguns tipos de pessoas.
Após dia e noite de muitos acontecimentos, ela se sente derretendo ao lado dele na cama e pensa deitada em seu ombro.
É quando toca o telefone e por ser uma amiga especial, ela deve parar de derreter e atender.
Ela aconselha a amiga que está com problemas com um rapaz.
Medo de esperar de mais, medo por saber se ele vai procurá-la, se ele vai voltar.
Após a ligação ela volta aos braços dele, mas agora de forma diferente, por saber que em algumas horas ela que será atacada por súbitas duvidas.
Racional, séria e até muitas vezes uma bruxa manipuladora, mas com suas fraquezas invisíveis que só ela terá que encarar.
Sozinha, pois, não poderá demonstrar para ninguém suas expectativas e frustrações.
O problema é que existe o externo no qual ela não pode controlar e pior que o externo é o interno que é mais cruel ainda.
Ele se vai e ela está bem. E continua bem. E vai dormir bem, pois, antes de dormir ele entra em contato.
Sim. Ela por um segundo sentiu saudades.
Mas ele não permitiu.
O segundo dia que dirá.

terça-feira, 6 de abril de 2010

A história da menina e a chuva!

Uma garota caminha na chuva e seus pensamentos escorrem como a água.
Escorrem para momentos bons e ruins.
Risadas e lágrimas.
Papos com gatas e com fotos.
Um sentimento de saudade aleatória que não se sabe de onde vem nem para onde vai.
Percepções positivas.
E ela continua caminhando e desviando das poças d’água e fazendo relações de coisas vividas e poças ....
Umas mais profundas difíceis de desviar, que por mais que tentemos, muitas vezes acabamos nos molhando sem querer.
As vezes interessantes, as vezes traiçoeiras. Por mais que se desvie ela te pega no cantinho.
Muitas vezes cobertas. Outras abertas. Guardando no fundo coisas que simplesmente passaram e ela por ser profunda absorveu.
Outras tão rasas que nem perdemos muito tempo com elas, ou às vezes perdemos, superestimando a poça, talvez tentando buscar profundidade onde não existe, talvez por excesso de zelo, as vezes por acreditar que toda poça na verdade esconde sua profundidade, pois, não acreditando na mesma, pisamos sem medo, e acabamos muitas vezes afundando até o joelho.
.....
Um carro passa e joga água em uma senhora na calçada.
Como a idade dificulta o reflexo.
Quando somos mais jovens pensamos e agimos rapidamente, fazemos a máquina rodar em cada atitude, moto continuo.
As pessoas vão envelhecendo e pensam muito mais do que agem. Talvez as grandes qualidades tenham ficado no passado por pensar de mais.
E a senhora toma um banho de água parada por ter ficado imóvel como a água.
Por ficar imóvel e esperar a atitude respeitosa do próximo. E a menina pensa: Ela nunca virá.
E os pensamentos escorrem e escorrem.
E a menina pensa. Ao final assim como a água da chuva, pensamentos vão para o mesmo local: o esgoto.
E ela espera que pelo menos algumas gotinhas sejam guardadas de toda essa chuva que a inunda.