terça-feira, 6 de abril de 2010

A história da menina e a chuva!

Uma garota caminha na chuva e seus pensamentos escorrem como a água.
Escorrem para momentos bons e ruins.
Risadas e lágrimas.
Papos com gatas e com fotos.
Um sentimento de saudade aleatória que não se sabe de onde vem nem para onde vai.
Percepções positivas.
E ela continua caminhando e desviando das poças d’água e fazendo relações de coisas vividas e poças ....
Umas mais profundas difíceis de desviar, que por mais que tentemos, muitas vezes acabamos nos molhando sem querer.
As vezes interessantes, as vezes traiçoeiras. Por mais que se desvie ela te pega no cantinho.
Muitas vezes cobertas. Outras abertas. Guardando no fundo coisas que simplesmente passaram e ela por ser profunda absorveu.
Outras tão rasas que nem perdemos muito tempo com elas, ou às vezes perdemos, superestimando a poça, talvez tentando buscar profundidade onde não existe, talvez por excesso de zelo, as vezes por acreditar que toda poça na verdade esconde sua profundidade, pois, não acreditando na mesma, pisamos sem medo, e acabamos muitas vezes afundando até o joelho.
.....
Um carro passa e joga água em uma senhora na calçada.
Como a idade dificulta o reflexo.
Quando somos mais jovens pensamos e agimos rapidamente, fazemos a máquina rodar em cada atitude, moto continuo.
As pessoas vão envelhecendo e pensam muito mais do que agem. Talvez as grandes qualidades tenham ficado no passado por pensar de mais.
E a senhora toma um banho de água parada por ter ficado imóvel como a água.
Por ficar imóvel e esperar a atitude respeitosa do próximo. E a menina pensa: Ela nunca virá.
E os pensamentos escorrem e escorrem.
E a menina pensa. Ao final assim como a água da chuva, pensamentos vão para o mesmo local: o esgoto.
E ela espera que pelo menos algumas gotinhas sejam guardadas de toda essa chuva que a inunda.

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