quarta-feira, 16 de março de 2016

Eu apenas não entrarei nessa barbárie.
Não apenas porque acho que as pessoas estão perdendo o discernimento, estão alienadas e defendendo ideologias absurdas, mas sim e principalmente porque nunca fui muito fã de perder tempo.
Não perco meu tempo com gente que odeia.
Odeia gays, mulheres, negros, índios, pobres, nordestinos, partidos, tatuados, cotas, de esquerda, de direita, do candomblé....
Que julga por um comentário, que não olha para o lado, que nunca tirou o cabresto.
Eu pouco odeio, mas uma coisa que realmente odeio é não entender.
Não entender como? Porque? O que se passa? 
Queimo meus neurônios, fico horas discutindo e escutando explicações, mas não entendo.
Não entendo a defesa do indefensável e a luta por algo que já está instituído. (Isso nós já temos, e vocês lutam com qual objetivo?)
A mudança para mim teria que vir com uma proposta de mudança.
Uma luta contra a corrupção política, mas a favor da corrupção moral.(???)
Uma luta contra o “vá para rua e compre” e manter a cabeça resignada dos que isso merecem. E fiquem satisfeitos, não lutem, não se recintam, não mudem continuem a dominação.
Isso nós já temos e independe de time, ups, partido.
Como participar de algo onde toda diferença de pensamento é sempre uma ameaça em que o culpado é sempre o outro com suas opiniões contrárias (só quero ouvir aquilo que eu já concordo, se for diferente eu não quero.) 
O problema está no abandono dos instrumentos comunicacionais. A partir do momento em que há divergência de ideias as pessoas se tornam inimigas, agressivas e violentas.
A intersubjetividade onde o sujeito sou apenas eu e os outros apenas objeto, sendo que, o objeto só se torna sujeito a partir do momento em que nos relacionamos com o mesmo, que exista o conhecimento do mesmo. Mas como pode ocorrer o conhecimento do outro se a violência da diferença vem antes do conhecimento?
A balança, o moto continuo.... menos emoção, mais razão
Não, eu não participarei dessa barbárie.

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