Gosto de você quando é esquisito....
Quando você faz coisas diferentes....
Eu nunca fui daquelas que gosta do tradicional. Gostava do
diferente, gostava do que chamava atenção.
Na juventude isso se resumia a chocar pessoas, então me
comportava como uma menininha e procurava pessoas que meu pai ficaria
horrorizado.
Depois de um tempo, comecei a procurar pessoas que sempre
que eu voltava o olhar EU ficava horrorizada, mas era só o externo, quer dizer,
muitas vezes o interno também era horripilante, mas eu gostava, achava emocionante
passar na rua e pensar “eu cago para todos vocês, sou contra o sistema e nunca
serei politicamente correta”, até que percebi, que cagar de verdade esta dentro
e não fora (nada como a maturidade)
Eureca, maldita eureca que fez com que durante muito tempo
eu mesma não soubesse quem eu era e nem o que queria. Me divertia (delicia de
eureca), mas não me apegava, pois aquilo pra mim já não era o suficiente.
Eu continuava sendo estranha, as pessoas continuavam muitas
vezes me achando má e eu não queria que fosse algo apenas externo, não queria
apenas parecer estranha como muitos que conheço que foram tiradas do interior,
mas esqueceram de tirar o interior delas, que se vestem na moda (Srs e Sras Rock
Star) e falam mal de todo mundo para tentar ocultar a face super conservadora e
casamenteiros que tem por trás de roupas descoladonas.
Ai, eis que vem ele, com a cara mais coxinha do mundo, que
usa paletó, calça justa, camiseta lisa e pomada no cabelo arrepiado e eu me
apaixonei pelo moço que fazia mestrado em filosofia e que do tradicional
filosofo não tinha nada, que não era nada revolucionário, mas que tinha e
entendia o meu humor negro como ninguém. Politicamente incorreto all the time e
sorria, como sorria e me fazia sorrir com sua melhor cara para os que nos
achariam pessoas más.
E ainda meu pai adoraaaava ele.
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